Janus é uma figura bifronte que encara tanto o futuro quanto o passado; condensa opostos, é flexibilidade e rigidez, alegoria das passagens, dos começos e dos fins. Nessa video-performance, pode-se ver sua face anciã, oscilante entre a imobilidade de uma estátua e o movimento da carne viva. Um corpo possível que busca AR e rasga, com seus micro-movimentos, as rendas de sua veste apodrecida pelo tempo - uma ação que gera simultaneamente destruição e libertação.
[videoperformance, 5'. Obra selecionada como primeira suplente para o Festival de performance Durante 2021 (Belo Horizonte, Brasil)]
FICHA TÉCNICA
Performance e edição: Marina RB
Câmera: Marco Antonio Mota
Agradecimentos: Naara Fontinele, Marco Antonio Mota e Pedro Veneroso